No próximo final de semana, teremos a fase mata-mata da Copa do Nordeste. Eis os jogos:
Fortaleza x Sport
Santa Cruz x Confiança
Bahia x Botafogo
Ceará x Vitória
Os favoritos a passarem para a semifinal: Fortaleza, Santa Cruz, Bahia e Ceará.
Bom, estou sendo bem direto. Dei meu palpite sem pestanejar. Até porque o futebol pernambucano vive um momento de muita clarividência. Estamos ladeira abaixo. E continuamos de olhos fechados.
O Santa Cruz tem um time mediano tecnicamente. Mas sabem porque vem fazendo uma boa temporada a frente dos rivais porque sabe sua limitação. Joga fechado, por uma bola e em função de um atacante experiente e que vive lua de mel com as redes: Pipico.
Em suma: simplicidade.
A partida que o Náutico fez contra o Bahia foi simplesmente patética. Uma time com postura ofensiva diante de um adversário bem superior tecnicamente. Quando ouço o técnico Gilmar Dal Pozzo dizer que vai armar o Náutico no esquema 4-1-4-1 em acho graça. Tem peças para isso? A defesa do Náutico é de uma fragilidade incrível. O Bahia, sinceramente, fez um treino de luxo.
O Sport é outro engano. Mais um ano de elevado investimento, mas que não surte efeito dentro de campo. Empatou diante do Confiança, em 1×1, e conseguiu a classificação no Nordestão graças a combinação de resultados. E no Pernambucano? Já está fora da disputa pelo título. Campanha vergonhosa. Perspectiva para o Brasileiro é péssima. O futebol da equipe é de uma pobreza imensa.
Para o restante de um ano complicado, estou otimista com o Santa Cruz. Volto a dizer: não por ter um super time, mas por saber de sua limitação e jogar dentro de sua realidade. Pés no chão. A experiência de Itamar Schuller tem sito importante para compactar a equipe. É favorito para fazer bonito na Série C. Já Náutico e Sport, em suas respectivas séries, não me empolgam.
Por isso, bato sempre na tecla de que o futebol pernambucano precisa de uma autocrítica. Saber suas deficiências para buscar soluções de forma continua.