O Santa Cruz está em mais uma final do Pernambucano. Foi sofrido. Nos penais. Um placar elástico: 7×6. Mas está na decisão por merecimento. Pela campanha que fez, merece ser campeão. No entanto, não jogou bem contra o Náutico. Diria até que o 0x0 foi um placar injusto pelo o que o time alvirrubro produziu, especialmente no segundo tempo. Sinceramente, gostei do jogo. Foi bem melhor do que o que vimos antes da bola rolar.
O embate do Tricolor com a FPF sobre o local do jogo era pertinente. Até agora não entendi o motivo que fez a entidade que organiza o Pernambucano mudar o regulamento e fazer o Tricolor jogar na Arena Pernambuco. Qual foi a vantagem que o Santa Cruz teve por terminar a primeira fase da competição no topo da classificação? Nenhuma. Nem a vantagem do empate teve direito. Porém, num jogo sem torcida, ir para a Arena também não faria diferença. Então, não havia necessidade de tanto desgaste. Na tarde da quarta-feira, dia do jogo, o povo ainda tava discutindo onde seria o jogo. Eita que esse campeonato tá uma maravilha.
Com a bola rolando, Santa Cruz e Náutico fizeram, certamente, a partida mais movimentada do ano nesse Pernambucano. Discordam? Tudo bem, não foi tãaaaaaaaaaao disputada. Mas diante do que já vimos, meus amigos, a gente tem que concordar que a disposição pela vitória foi algo que agradou. Jogo aberto e veloz. Santa Cruz e Náutico são times que têm dificuldades para saída de jogo. Mas com foram ousados, encontraram mais espaços para trabalhar a bola e atacar. Foi lá e cá. Vi equilíbrio no primeiro tempo, embora o Santa Cruz tenha chegado mais perto do gol, acertando uma bola na trave.
No segundo tempo, vi o Náutico mais bem postado. E me impressionou mais uma vez o rendimento de Jorge Henrique. O meia voltou outro jogador. Voluntarioso, vivo no jogo, sendo alternativa para saída de jogo, sabendo dosar as saídas do time para o ataque, batendo bem na bola. Sendo aquele Jorge Henrique que o Náutico precisa. O Timbu teve mais perto do gol a maior parte do jogo. O ataque é que mais uma vez decepcionou. Keza, Erick e Thiago… sinceramente… Enfim, quando estava melhor, veio o golpe. Um pênalti marcado pelo árbitro. Só ele viu. Pipico, apagado no jogo, bateu mal e Jéfferson defendeu.
O Náutico ganhou gás para seguir acreditando na vitória no tempo normal. No entanto, o técnico Gilmar Dal Pozzo saiu mexendo no time, especialmente no meio de campo. A compactação do setor passou não existir mais. E foi para o espaço aquela superioridade de antes. O 0x0 se estendeu até o final. Nos pênaltis, boa disputa. No final, Tricolor venceu. E está perto, bem perto do título.
Confere aí a live que fiz pós Clássico das Emoções: