Futebol precisa do clube. O clube precisa do ídolo. E precisa da mídia. E a mídia precisa de clubes fortes, com jogadores badalados, ou melhor, midiáticos.
É um ciclo que cresceu através dos anos. Do qual não se sai mais.
O torcedor gosta desse cenário todo. Inflama até a rivalidade, a brincadeira que torcem para os adversários.
Nos último anos, o Sport tem feito isso. Diego Souza e André Balada chegaram, causaram barulho, arrebataram corações dos torcedores, fizeram gols e colocaram o Leão na mídia nacional. O Sport conquistou pouco com os dois na Ilha. E os cofres ficaram vazios.
Agora, a bola da vez é Thiago Neves.
Conquistou muitos títulos na sua história. Tem qualidade técnica inquestionável. No Fluminense, por exemplo, foi ídolo. No Cruzeiro, nem tanto. Conquistou títulos, mas saiu como vilão. E protagonizou episódios assim num clube rachado e cheio de confusão em seus bastidores.
Foi para o Grêmio, recebendo apoio do técnico Renato Gaúcho. Pensei: é capaz de jogar bola. Que nada. Rescindiu contrato e ainda deixou o clube sob polêmicas. Chegou a ser encaminhado para o Atlético-MG, mas foi rejeitado pela torcida do Galo.
Tudo fruto de uma polêmica desnecessária que ele mesmo fez.
Vai vestir a camisa do Sport com contrato que se estende até o final do Brasileirão. O salário, segundo dizem, de R$ 170 mil mensais. Para um clube que vivia dizendo que está com pires na mão, surpreende demais essa contratação.
Além da qualidade técnica, Thiago Neves traz para o Sport a bola parada como arma. E vasta experiência de jogar uma Série A.
O receio é o estrelismo. Chega para ser o “cara” num elenco de qualidade técnica questionável.
Se vier para mostrar que ainda tem gás no futebol brasileiro, fazer o Sport ser um time competitivo e calar os críticos , o investimento dos rubro-negros pode ter valido a pena.
Mas se for para colecionar mais um clube em seu currículo e mais polêmicas, é sinal de mais dívidas para o Leão e problemas dentro de campo.
O tempo é quem vai dizer.