Crédito da foto: Anderson Stevens/Assessoria do Sportt
É natural que, no início da temporada, os clubes da capital se deparam com dificuldades para engatar um bom futebol e os tropeços diante de clubes de menor expressão. É assim desde sempre. Mas o que está acontecendo na temporada 2022 já está beirando ao absurdo. Afinal, as derrotas ou empates não estão acontecendo por obra do acaso ou fatalidade ou falta de sorte. A verdade é que os clubes considerados intermediários estão mostrando um melhor futebol e quase não se fala mais em zebra, o que revela o futebol pequeno de Náutico, Sport e Santa Cruz.
O Náutico vem de uma sequência de três jogos sem vencer. Levou um sacode do CSA, por 3×1, no Rei Pelé. Não, não foi apagão… o Timbu jogou mal e merecia até perder por um placar mais elástico. Depois, veio o Tocantinópolis, pela Copa do Brasil. Derrota por 1×0 e adeus à competição nacional. Foi impressionante a falta de reação da equipe: tomou o gol no início do duelo e não conseguiu sequer o empate, o que era suficiente para garantir a classificação.
Neste domingo, o Náutico foi ao sertão para enfrentar o Afogados. Duelo difícil que começou a se tornar aparentemente ao fazer 2×0. Estava com o jogo na mão. Mas bastou tomar o primeiro gol do Afogados, aos 17 minutos do segundo tempo, para os alvirrubros sentiram o peso das cobranças. As brechas da defesa ficaram mais evidentes e o Afogados empatou, e não virou porque o goleiro Lucas Perri fez um milagre no final da partida.
O Sport, por sua vez, não faz por menos. São seis jogos sem vencer. Nos dois últimos jogos pelo Nordestão, o Leão sequer fez gol. Perdeu para o Botafogo-PB, por 1×0, em plena Ilha do Retiro, e, neste domingo, ficou no 0x0 contra o Altos-PI. O caso do Sport é grave. O time está cheio de estrangeiros contratados por indicação do técnico paraguaio Gustavo Florentin e , o que se vê, é uma equipe sem identidade. É o nada entrando em campo. E mais: a diretoria demonstra indecisão quanto à permanência do treinador na Ilha do Retiro. Mas se os maus resultados persistirem, não tem como segurar. E aí vem o receio: o que fazer com o elenco todo montado pelo paraguaio?
Já o Santa Cruz que era, entre os grandes, o que apresentava um futebol mais organizado e pés no chão, levou um sacode daqueles do Retrô no sábado que não está sendo fácil. No Arruda, o Tricolor não viu a cor da bola e levou uma goleada por 4×0. Depois dessa, apaga tudo o que escrevi sobre a equipe de Leston Júnior. Não se pode aceitar e nem achar que está tudo caminha certo após um resultado como esse. Por mais que o Retrô esteja fazendo uma boa campanha (venceu todos os grandes da capital), o Santa Cruz precisa se impor em campo. E contra o Retrô, o time esteve bem longe dessa postura.