Desde criança ouvia os adultos falarem que “O tempo vale ouro” ou “O tempo é dinheiro” ou simplesmente “Não podemos perder tempo”. E assim cresci entendendo que quando se tem um plano a executar, não se pode desperdiçar algo tão valioso. Nem mesmo fazer num rompante, de uma hora para outra.
No Santa Cruz, o tempo vale nada. Pelo menos é o que dá para perceber com as atitudes dos seus dirigentes. Perdeu muito tempo na eleição que, após tantas brigas, levou Joaquim Bezerra à presidência. Perdeu tempo demais contratando jogadores, treinadores… tanto que não conseguiu evitar uma campanha pífia nas competições que disputou, chegando ao rebaixamento à Série D.
O tempo foi jogado à sarjeta quando Joaquim Bezerra renunciou ao cargo de presidente, já estando isolado até mesmo dos parceiros que o ajudaram a chegar ao poder. Perde mais tempo quando convoca nova eleição e tem três candidatos para a disputa. E descarta mais tempo quando eles tentam impugnar as candidaturas um do outro. Naquela briga que parece ser de menino pequeno querendo mostrar quem tem mais força.
Perde tempo também quando o ex-presidente Alexandre Mirinda entra em cena para que Albertino dos Anjos, até então um dos candidatos, saia de cena. Para arrematar mais falta de conexão com o tempo é que, depois de conseguir seu objetivo, Mirinda sai de cena.
E Antônio Luiz Neto é aclamado presidente sem precisar de eleição depois de tanta perda de tempo. Bastava usar o bom senso para perceber que o Santa Cruz precisava ter um mandatário que conclua o seu mandato, sem brigas, sem picuinhas.
Que não se perca tempo para fazer o Santa Cruz acelerar os passos para a modernidade, o mais breve possível. Pois já se perdeu tanto tempo com bobagens que já não vislumbra um horizonte há anos e anos.