Por Rodrigo Ojuara
Escolher dentre as centenas de histórias que o Clube Náutico Capibaribe acumulou em seus 121 anos pode até parecer um desafio, mas confesso que foi muito tranquilo.
Quando recebi a “missão” de revirar o baú para encontrar uma história para homenagear o torcedor alvirrubro já sabia a historia que iria contar hoje.
Poderia falar do inédito hexa, ou do pioneirismo na Libertadores até mesmo do espírito desbravador de ter sido o primeiro Nordestino a desfilar em campos europeus.
Mas hoje eu vou falar do dia que o Náutico foi confundido com a seleção brasileira.
Em 1972 aquele time que seria a base do time que evitou o hexa do Santa Cruz dois anos depois , embarcou em uma excursão na América Central como parte da preparação para o estadual daquele ano.
Ao desembarcar em solo haitiano uma recepção um tanto quanto inesperada, um boato de que a seleção brasileira chegava tomou conta do país, em toda esquina alguém comentava.
O boato cresceu ao ponto de um carro de som anunciar nas ruas de Porto Príncipe a chegada da seleção brasileira tri campeã mundial.
O frenesi tomou conta do país, comércio fechado, aulas suspensas e loucura total para acompanhar o amistoso entre a suposta seleção brasileira e a seleção haitiana.
O sucesso alvirrubro foi tamanho que foi necessário marcar mais um jogo por pedido popular, esse segundo jogo sendo a primeira transmissão de futebol na televisão haitiana.
O empate e a vitória alvirrubra nos jogos pouco importou, mas a lembrança de viver a experiência de ter sido mesmo que por engano a seleção brasileiras ficará marcada na história e na memória de todo jogador presente naquela excursão.
Parabéns Clube Náutico Capibaribe pelos 121 anos de tantas glórias.