As imagens são absurdas. Um grupo de arruaceiros que se dizem torcedores do Sport entram na Ilha do Retiro, destinado à torcida do Corinthians, e começam a agressão. Chutes, socos e pontapés. Gratuitamente. Sem pena. Seja em quem for. Foi porrada. Como se fosse um extravaso, um prêmio.
A diretoria do Sport se pronunciou nas redes sociais. O presidente Yuri Romão disse repudiar tais atos. Nada mais elementar. E muito pouco para o que futebol precisa.
Enquanto estiverem cuidando da violência em praças esportivas como fatos isolados, vai ficar assim: violência acontece, nota de repúdio, coibição paliativa. E pronto. E no próximo jogo, tudo acontece novamente.
O fato na partida Sport x Corinthians, pela Copa do Brasil sub-17, ocorreu numa Ilha do Retiro praticamente vazia, em plena terça-feira. Não havia outro jogo na cidade, com multidão, algo que sempre a PM apresenta como justifica para adiar os jogos e facilitar o trabalho. E não havia torcedor com rádio de pilha na mão.
Portanto, o que falta é vontade, coragem para colocar em ação um plano estratégico não apenas para coibir a violência, mas principalmente mudar a forma de ir e vir ao estádio de futebol. E isso passa por um trabalho de conscientização e educação.
O clube sozinho não é capaz disso.
O futebol está pedindo socorro. E faz tempo.