O duelo foi daqueles em que o objetivo das duas equipes era vencer para apenas frouxar um pouco o nó da forca. Guarani e Náutico estão em situações difíceis na Série B do Campeonato Brasileiro e, portanto, a vitória seria essencial para pelo menos motivar e seguir lutando. Ganhar forças para encarar a sequência de jogos que serão, cada um deles, decisivos. Pior para o Timbu que perdeu, por 1×0, de uma forma que deixou abatido até os mais otimistas que viram o Náutico ganhar uma sobrevida na rodada anterior, quando superou o CRB. E, contra o Bugre, viram o goleiro Kozlinisk operar milagre no último lance da partida. Assim é demais.
A dramaticidade está no fato do Náutico não ter jogado mal. Fez o que se esperava: marcando e tentando sair para o ataque com toques rápidos. O técnico Elano pode até ser criticado por qualquer coisa, mas não podem dizer que está armando um Náutico com a proposta de jogo para não perder. A bronca é a limitação do elenco. Se o time titular consegue ter essa postura, as mudanças destroem tudo.
Mas, na verdade, nem os titulares conseguem o treinador se propõe a fazer com a equipe. Porque o ataque não funciona e a defesa muito menos. O gol marcado por Janison, no segundo tempo, foi daqueles que o torcedor se questiona: como o Náutico tem uma zaga tão inocente? Cruzamento na área, a zaga perde o tempo da bola e o atacante fuzila.
O Náutico não está na zona de rebaixamento à toa. A performance da equipe levou a isso. O ataque que não faz gol e sequer segura a bola na frente, o meio de campo que quase não cria e depende da inspiração de Jean Carlos, e a defesa, dando mole. Como acreditar numa sequência de bons resultados para sair dessa situação?
E para acabar de quebrar com tudo… O que o goleiro Kozlinski fez no final da partida foi uma maldade tremenda com o coração dos alvirrubros. O homem baixou o espírito de Rodolfo Rodrigues e fez uma sequência de três difíceis defesas. Numa delas, o goleiro Lucas Perri mandou uma verdadeira bomba e Kozlinski defendeu não se sabe como.