O Santa Cruz fez dois duelos intensos contra o Tocantinópolis. No primeiro duelo, no Arruda, perdeu chances incríveis e poderia ter vencido bem o adversário, o que daria uma tranquilidade imensa para o duelo em Tocantins. Não fez. Ficou na lamentação do 0x0. Pagou caro. No segundo jogo, fora de casa, o Tricolor perdeu por 1×0 e…. repetiu de ano. Vai ter que disputar a Série D mais uma vem 2023.
No jogo desde desse domingo, o Santa Cruz fez uma partida em que oscilou bastante. Jogou ofensivamente no começo da partida, teve dificuldades para trocar passes, o que facilitou a retomada de bola do adversário, que também teve chances. No primeiro tempo, duas expulsões. Uma de cada lado: Alemão, no Santa Cruz, Betão, no Tocantinópolis. No segundo tempo, cenário semelhante. Mas, no finalzinho, Chico Bala estufou as redes corais, de cabeça, garantindo a vitória.
O comentário do jogo se resume a um parágrafo mesmo. E está até muito. A semente dessa eliminação está na mentalidade dos seus dirigentes. A realidade do Santa Cruz é viver na gangorra Séries C e D. Série B virou um sonho distante. E a Série A uma utopia. Lamentável viver uma queda tão vertiginosa e aceitar. A aceitação passa pela falta de foco de quem assume o clube. Boa parte dos dirigentes assumem o Santa Cruz com um objetivo pessoal. Há sempre um plano paralelo ao modernizar o clube e torná-lo viável, o que deveria ser o ponto fundamental, único.
O meu nível de desapontamento com os cardeais corais chega ao ponto de não acreditar que exista interesse em transformar o clube em SAF. Por um simples motivo: caso uma empresa invista no Santa Cruz, os dirigentes perdem o poder de gerenciar o clube, não terão poder de decisão. Vão sair de cena. Não terão microfones e nem holofotes. Serão meros torcedores. Será que querem? Será que estão mesmo trabalhando para essa transição? E olhe que eu nem estou falando em encontrar uma empresa que esteja interessada em investir num clube que parece fixar residência na Série D. A questão é vontade, mentalidade.
Não, não vou relatar a chuva de erros da diretoria, nem o imbróglio político que o clube viveu recentemente. Porque tudo é uma lástima. E cansa o já sofrido torcedor coral.
Torço apenas para que um grande tricolor seja capaz de unir politicamente o clube e traga novas pessoas, novas ideias para que a pedra fundamental da transformação seja plantada. Por enquanto, o Santa Cruz é filme repetido da Sessão Coruja.