O Náutico fez, contra o Ituano, o que se esperava dele: venceu. Sapecou 2×0, com gols de Geuvânio e Souza, marcados no segundo tempo, e deu um alívio no coração da sua torcida que andava sofrendo com tantos resultados ruins. Mas não mudou o cenário na Série B? Não. O time vinha de dez derrotas nos últimos 11 jogos. Quatro delas consecutivas. Resultado disso era uma lanterna incômoda que ainda continua segurando. Em 28 pontos disputados na Série B, o Náutico tem apenas 24 pontos. Sigo afirmando: só um milagre salva.
Contra o Ituano, o técnico Dado Cavalcanti sabia que precisava fazer algo diferente. Afinal, enfrentaria o melhor time do returno. E, pelo o que mostrou na partida contra o CSA, o seu Náutico parecia já ter entregue as armas. Parece não ter mais forças para reagir. Depois de um primeiro tempo bem disputado, Dado fez novas mudanças para o segundo tempo e só assim o Timbu conseguiu os dois gols da vitória já na reta final da partida. Foi aí que fiquei imaginando outro ponto que fez falta nessa campanha no Náutico: a mística dos Aflitos.
O Náutico foi uma equipe tão apática nessa temporada que nem o mando de campo soube aproveitar. Nessa Série B, o torcedor se fez presente. Incentivou do começou ao fim todos os jogos. As vaias, os xingamentos, as críticas só vieram depois que o time não correspondia. Mesmo assim, até agora, o Náutico só conseguiu quatro vitórias nos Aflitos na competição. O Timbu empatou outras quatro vezes e perdeu seis. Na classificação entre os mandantes é o 18º lugar. Fica acima apenas da Chapecoense e Vila Nova.
Além de secar os rivais na luta contra o rebaixamento, o Náutico tem que fazer o seu dever de casa e beliscar pontos fora. E até o final do campeonato tem os seguintes adversários: Brusque (C), Vasco (F), Sampaio Corrêa (C), Sport (F), Tombense (C), Criciúma (F), Novorizontino (F), Grêmio (C), Chapecoense (F) e Ponte Preta (C).
Foto: Tiago Caldas/Assessoria do Náutico