Foto: Assessoria de Imprensa do Sport
Enfim, uma vitória fora de casa do Sport. No momento oportuno da Série B. O Leão encostou no G-4 quando venceu o Náutico na última rodada e viu adversários diretos tropeçarem. Na noite desta terça-feira (4), o duelo foi contra o Brusque, que vem de uma crise tremenda. E o time rubro-negro, mesmo não jogando bem, conseguiu o que precisava nos minutos finais da partida. O triunfo por 1×0, gol marcado por Wanderson.
Claudinei não inventou para escalar o time. Repetiu a mesma escalação que superou o Timbu. Mas o futebol é diferente de quando se atua na Ilha do Retiro. É uma burocracia incrível. O time parece ficar no dilema de se soltar para o ataque e o receio de se fechar para não tomar gol. Aí fica um time desmantelado que consegue ir ao ataque mas pelo fato do adversário deixar brechas defensivas, já que se sente na obrigação de ter uma postura ofensiva, pois também precisava vencer para espantar a crise – os catarinenses estavam sem fazer gols há quatro rodadas.
O primeiro tempo, na verdade, foi equilibrado, com o Brusque tendo mais posse de bola e conseguindo criar chances de gols e oferecendo trabalho ao goleiro Saulo. O Sport também fez o mesmo, com boas movimentações de Gustavo Coutinho e Vagner Love, e ambos tiveram oportunidades para abrir o placar. Mas nada das redes serem estufadas. Antes do final da primeira etapa, Sander deu uma joelhada desnecessária em Fernandinho, que revidou com um tapa. Ambos foram expulsos.
No segundo tempo, vi o Sport mais ousado. O time pernambucano se atirou ao ataque, tentando até marcar a saída de bola do Brusque, se aproximando mais da área adversária. Mas, no entanto, sem agressividade. Aos poucos, os donos da casa, se ajustaram e passaram a equilibrar as ações. O Sport tinha posse de bola, mas era uma equipe completamente desarticulada. Os setores defesa, meio de campo e ataque muito distantes um do outro. O meio de campo era um vazio.
Em muitas situações, Fabinho pegava a bola no meio, tentava armar a jogada, mas não havia com quem trabalhar a bola. E nas outras vezes a defesa era que fazia a saída de jogo da forma mais errada: bombão para o ataque. Que geralmente não dava em nada. Claudinei Oliveira fez mudanças na equipe que não mudou muito o panorama. Dener parecia perdido em campo. E Parraguez fixo na área. Mas foi dele a assistência para Wanderson fazer o gol da vitória.
Triunfo de alívio e para ser muito comemorado. E só teve um sabor maior porque o Vasco, que estava perdendo e ficaria com a mesma pontuação do Sport, acabou virando para cima do Operário-PR, para 3×2, se mantendo isolado na quarta colocação. Mas o Sport segue vivo e forte na briga pelo acesso.