Por Pedro Belaine
Após 15 dias de Copa do Mundo Feminina, as 16 seleções classificadas para as oitavas de final foram definidas. Além do vexame brasileiro na quarta-feira (02), nesta quinta-feira, as duas últimas vagas foram preenchidas, com Colômbia e Marrocos surpreendendo ao deixarem a favorita Alemanha para trás no Grupo H e avançando para a próxima etapa. Agora, os oito confrontos da segunda fase já estão definidos, com os jogos começando no próximo sábado (5).
Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, a Alemanha não conseguiu vaga na segunda fase, após empatar com a já eliminada Coreia do Sul. As duas seleções classificadas do dia se uniram a Suíça, Espanha, Holanda, África do Sul, Japão, Noruega, Estados Unidos, Austrália, Dinamarca, Inglaterra, Nigéria, Suécia, França e Jamaica, que já estavam garantidas na próxima fase. Os jogos decisivos para as quartas de final ocorrerão entre sábado (5) e terça-feira (8). Classificaram-se oito equipes europeias, uma sul-americana, uma da América do Norte, três da África, uma da América Central, uma da Ásia e outra da Oceania
Já para a seleção brasileira, o sonho da primeira estrela foi encerrado pelo empate sem gols contra a Jamaica, destacando não apenas problemas no desempenho da equipe em campo, mas também divergências em relação ao trabalho de Pia Sundhage. Agora, resta olhar para o futuro e buscar soluções para as questões enfrentadas. Agora é hora de investir na renovação, que foi a palavra mais usada nos últimos quatro anos em apoio às escolhas da sueca Pia para a seleção. Não sabemos se ela vai continuar no comando, mas uma coisa é certa: a preparação para a próxima Copa do Mundo em 2027 começa com o desafio das Olimpíadas em Paris.
E a eliminação precoce do Brasil, encerrou também a história de Marta nas copas do mundo.
“É difícil falar. Não era, nos meus piores pesadelos, a Copa que sonhava. É só o começo. O povo brasileiro pedia renovação, está tendo a renovação, a única velha sou eu e talvez a Tamires perto de mim. A maioria do time é de meninas talentosas com um caminho enorme pela frente. Termino aqui, mas elas continuam”, disse Marta.
Com seus 37 anos, Marta participou de seu sexto Mundial e impressiona com sua marca de 17 gols, tornando-se a maior artilheira da história do torneio, superando tanto homens quanto mulheres.
“Marta acaba por aqui, estou grata pela oportunidade que tive, e muito contente com tudo isso que vem acontecendo com o futebol feminino do nosso Brasil e do Mundo. Para mim é o fim da linha agora, para elas só o começo”, concluiu a camisa 10.
A Copa do Mundo feminina segue, e certos “vexames” evidenciam o aumento da competitividade devido a evolução do esporte ao longo desses anos, por todo o mundo. A torcida é para que o futebol brasileiro não fique para trás, sigamos em busca da renovação e acompanhando o desenvolvimento das outras seleções.