O futebol pernambucano encerra a temporada 2023 pior do que começou. Não há dúvidas. Contra fatos, não há argumentos.
O Sport emplacou um dos maiores vexames da sua história. Mostrou como um time encaixado no primeiro semestres pode perder o prumo e deixar escapar uma classificação que estava nas mãos. Fruto de um monte de escolhas erradas da diretoria e do técnico Enderson Moreira.
Aliás, é bom deixar claro que Enderson não é um mal treinador. Mas em determinado momento da Série B, pareceu que não estava mais focado e, em suas declarações, deixava a entender a desmotivação no clube. Confrontar a torcida e a imprensa foi de uma bobagem sem igual. As saídas de Juba e Cariús do time, além da absurda e desnecessária contratação de Diego Souza foram alguns dos fatores que derrubaram o Leão.
Assista a live com o jornalista André Gallindo:
O Náutico também manteve-se na sua divisão do futebol nacional. O que também não deixa de ser uma vergonha. O clube contratou um caminhão de jogadores que não serviram para atrapalhar mais do que para agregar. Vi também um presidente isolado, que cuidava do administrativo e tinha voz forte no futebol. O Timbu não se encontrou em momento algum na temporada. Fez uma campanha para ficar no limbo da tabela. O que é uma lástima.
O clube viveu uma eleição tranquila. Como há tempos não se via. Bruno Becker foi eleito e, ao que parece, começa um trabalho tentando alinhavar lideranças para não ficar sozinho no mar revolto que é o futebol pernambucano. É um bom começo, mas que só terá paz, de fato, quando o time começar a vencer.
E o Santa Cruz?? O Tricolor foi o clube que deixou o futebol pernambucano no chão. Sim, não tenho dúvidas. Começou a temporada na Série D, o que já é uma vergonha, e, agora, nem série tem no futebol nacional para o ano de 2024. Quem não enxergar isso como tragédia é porque normalizou o Santa Cruz no inferno do futebol brasileiro.
O clube também viveu ano eleitoral. E também assim como o Náutico, a eleição foi tranquila e Bruno Rodrigues tomou posse prometendo uma revolução no clube. E precisa agir assim mesmo. Mas sem coitadismo. Se repetir o discurso de dirigentes passados (“No Santa Cruz é tudo sofrido… e blá, blá, blá), esqueça. O Santa Cruz vai afundar ainda mais. A mentalidade tem que mudar para a realidade ser criada. O Santa Cruz de hoje é fruto do que foi plantado: sementes de vaidades.