A Arena de Pernambuco abre suas portas para a primeira partida do Campeonato Pernambucano 2024. Retrô e Porto fazem o abre-alas de uma competição que já atraiu os olhos da mídia nacional num passado já distante. Mas, hoje, a situação é bem diferente. E por mais que a imprensa, torcida, dirigentes apontem erros, nada muda. O futebol pernambucano parou no tempo e, ao que parece, não há quem o faça se mover.
A competição vai começar com a polêmica da vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. O maior interessado é o Santa Cruz, que não garantiu em campo a sua presença na competição. Aí, há dúvidas quanto a essa vaga. O regulamento não é claro. Nas redes sociais só se falava no assunto. Polêmica levantada pelo amigo e radialista Eri Santos. O Pernambucano já começa com dúvidas sobre o assunto que já deveria ser definido há tempos.
Mas há outros problemas que se arrastam há anos. Os clubes do interior estão cada vez mais falidos. Não oferecem condições de receber jogos. Muitos deles, então, vão jogar na Arena de Pernambuco. O Petrolina, por exemplo, vai estrear no palco que fica em São Lourenço da Mata, onde o Sport, seu adversário, mandará seus jogos, já que a Ilha do Retiro, passa por reformas. Dá para entender?
A falta de um planejamento contínuo deixa o futebol pernambucano à míngua. É como a filosofia do lençol curto, em que se puxa um lado e descobre o outro. Mas diria que, nos últimos anos, o lençol encurtou de vez e nem tem para onde puxar. Porque quem comanda acredita que o futebol pernambucano vive uma má fase e que a força da paixão do torcedor resiste a tudo. Mas isso cansa.
Nenhum dirigente dos clubes se rebelam à situação. Vão para disputa aceitando a tudo. Por isso, acreditar em uma evolução em Pernambuco é o mesmo que acreditar em Papai Noel. O que é lastimável.