Quem pensou que o empresário da construção civil e ex-presidente do Santa Cruz, Alexandre Mirinda, estava brincando quando disse que seria candidato a presidente da Federação Pernambucana de Futebol, vai ter que esquecer o pensamento. Num restaurante da cidade, Mirinda lançou, na última terça-feira, sua candidatura para valer. E contou com apoio de peso: o tetracampeão mundial Ricardo Rocha, o ex-jogador de futebol Chiquinho, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol de Salão, Luiz Cláudio e o ex-árbitro FIFA Wilson Souza. Resta saber se esse apoio vai render votos entre clubes e as ligas.
“Não é um projeto pessoal de Alexandre Mirinda. Eu fui procurado por desportistas de vários clubes pernambucanos, todos eles entendendo que precisava ser mudado o comando da nossa Federação. Eu não tenho nada contra o atual presidente Evandro, ele sempre me atendeu com muita decência, com muito respeito, mas ele não é do ramo do futebol, aconteceu que com a morte de Carlos Alberto Oliveira, e ele como primeiro vice-presidente acabou se tornando presidente da maior paixão do pernambucano que é o futebol”, disse Mirinda. Detalhe: Evandro Carvalho está no comando da FPF há dez anos.
Antes da palavra, quem valou foi o ex-zagueiro Ricardo Rocha. “Eu já fiz muita coisa calado, mas agora eu vou falar. Mirinda vai ter um trabalho árduo, mas o meu voto é dele, minha campanha será para ele. Não tem perigo. Primeiro pela confiança que eu tenho nele e ele sabe que pode confiar em mim”, disse.
Com uma longa trajetória no futebol pernambucano, filho de José Augusto Moreira ex-presidente do América Futebol Clube e sobrinho de Rubem Moreira ex-presidente da entidade máxima do futebol pernambucano, Mirinda foi fundador de um clube de futebol amador aos 13 anos de idade, pouco tempo depois tornou-se presidente do Estrela de Olinda, iniciando assim sua trajetória no desporto.
Mirinda falou sobre seus objetivos à frente da FPF e reforçou a tese de apenas uma reeleição na entidade. Seus projetos envolvem os clubes de primeira, segunda e terceira divisão, bem como as equipes amadoras de bairros e ligas do Estado. “Quero um coordenador dos clubes e times de várzea em cada região do nosso Estado. É necessário dar voz e vez para essas pessoas e colocá-las dentro da FPF”.
“Nossos clubes já tiveram grandes atletas revelados em times de várzea. Vamos fortalecer essas ligas. É ali que está a matéria-prima do nosso futebol, abastecendo as equipes com os jogadores que vão surgir dessas competições”, complementou.
Agora, vamos esperar a disputa por voto.