O Santa Cruz manteve a invencibilidade no Campeonato Pernambucano, após o 0x0, contra o Petrolina, no Sertão. O que não empolga o torcedor. Pelo contrário, irrita. E com toda razão. Em seis jogos, cinco empates. E apenas uma magra vitória. O pobre futebol que o Tricolor está apresentando nesse começo de temporada começa a incomodar o psicológico da equipe. Percebo a ansiedade para vencer no semblante de cada jogador e nas escolhas do técnico Raniele Ribeiro. A cada jogo mais pressão e o time não consegue ser inteligente para superar os adversários.
O primeiro tempo da partida foi sofrível. E pela postura que o Santa Cruz tem nos jogos contra os intermediários, esse “sofrível” vai se repetir demais nas partidas do Tricolor. Porque o time sente a carência de um meia criativo, um camisa 10, aquele que sabe cadenciar o jogo quando preciso, ou garantir velocidade. O Santa Cruz tem velocidade no ataque, mas a bola para chegar lá é uma novela. Mesmo assim, conseguiu acertar a trave, numa cabeçada do zagueiro Yan. O time de Raniele Ribeiro teve mais volume, mas não agride. Por outro lado, estava o Petrolina com a proposta inicial de se defender. O duelo foi sofrível.
O segundo tempo foi um pouco melhor. Afinal, o Santa Cruz precisando por fim nessa fama de Rei do Empate, foi para cima. O técnico coral fez mudanças na equipe para agredir mais. No entanto, é aquela história de time que quer vencer a todo custo, mas sem lucidez e organização. O Petrolina vendo a postura do adversário, se fechou e, nos contra-ataques, parecia mais perigoso. Jadson foi derrubado na área, mas o árbitro nada viu. Segue o jogo. E já no final, o goleiro tricolor Geaze fez milagre ao defender a bola de Emerson Galego.
O Santa Cruz vai ter que se virar para encontrar uma nova forma de jogar. Aliás, nova, não… Tem que ter a sua identidade. Está perdido em campo. Aquelas vitórias na fase pré-Nordestão foi pura ilusão. O Tricolor tem um futebol longe que sua torcida e esperava. E as peças que entram não engrenam.