A roda viva do futebol pernambucano tá girando rápido. Em poucos dias, muitas coisas aconteceram e perdeu relógio, como eu, perde o bonde. Mas vamos lá.
A classificação do Retrô para a Série C do Campeonato Brasileiro é fruto de um trabalho que vem sendo construído há alguns anos. E vem sempre batendo na trave. Seja no cenário estadual, quando nacional. Mas uma hora a bola entraria.
Contra o Brasiliense, me surpreendi. A equipe pernambucana venceu o primeiro jogo na marra, por 1×0. Não imaginava que seguraria o tranco fora de casa. Perdeu pelo mesmo placar e se garantiu nos penais.
A dúvida: Itamar Schuller fica ou volta para o Santa Cruz? Achei engraçado quando o treinador afirmou que iria cumprir sua palavra com a diretoria do clube coral, voltando para o Arruda. Mas com a ressalva de ouvir a diretoria do Retrô. Isso é óbvio. Hoje, a Fênix tem melhor estrutura e mais dinheiro do que o Tricolor. E está numa divisão acima. Vejam só como estamos… Claro que Schuller vai ouvir a proposta. Bobo ele não é.
No Náutico, a situação é parecida com o Retrô, só que do lado inverso. O Timbu colhe o que planta. A temporada foi curta porque o trabalho inicial foi muito ruim. O clube sofre com o bastidor político complicado. Já perceberam que todo presidente que assume o Náutico não tem apoio de lideranças. Não vejo um ex-presidente de larga experiência dando a mão. O discurso é na base do “te vira sozinho!”.
O elenco montado para a temporada foi um festival de erros. Vou citar apenas os três jogadores que passaram no Sport e a diretoria contratou: Vanegas, Barcia e Tiago Lopes. Nenhum deles mostraram bom futebol no Leão. Na Ilha, Barcia até ensaiou, mas passou mais tempo no DM do que em campo. Já se sabia disso. Mas os dirigentes alvirrubros contrataram. Enfim, espero que tenha aprendido a lição.
E na Ilha, a torcida conta as horas para voltar à Ilha do Retiro. O estádio está ficando no grau parar o jogo de reabertura. Fruto de um trabalho incansável de uma penca de profissionais, capitaneado pelo engenheiro Walter Revoredo. O homem não dorme. Desafiou São Pedro, colocando pó de pedra no lugar de argila, aguentou calado a crítica dos céticos e foi tocando a obra. Deu certo.
Agora, a ansiedade da torcida gira em torno do Sport da era Pepa. A diretoria do Leão não mediu esforços para contratar o técnico português. A folha salarial da nova comissão técnica é R$ 600 mil mensais. Pesada para uma Série B. Mas se conseguir o objetivo, vai valer a pena. No futebol é assim: tudo é aposta, tudo é risco. O trabalho da diretoria é diminuir o risco. Pepa não tem um bom desempenho nos seus últimos trabalhos (Cruzeiro e Al Ahli). Mas pode encaixar o time do Leão e dá competitividade que perdeu com Guto Ferreira.
É esperar para ver…