Até os 43 minutos do segundo tempo, o Sport estava amargando sua primeira derrota na Série B e aumentando a série de partidas sem vitórias (o Leão não vencia desde a primeira partida da final do Pernambucano). Mas nos acréscimos, em dois lances, o Sport virou a partida para o América-MG, no estádio Independência, e saiu de campo comemorando uma vitória inesperada, por 2×1. Não há como negar a persistência do time rubro-negro. Mas também não há como negar a dose de sorte que a equipe teve nos minutos finais do duelo. Afinal, o Sport, mais uma vez, não esteve bem.
O primeiro tempo foi todo do América-MG. Basta ver que o melhor jogador na primeira etapa foi o goleiro Maílson. Logo no começo, o arqueiro leonino fez uma grande defesa, evitando o que seria um golaço de Neto Berola. Foi apenas um cartão de apresentação. Porque o time mineiro dominou as ações no meio de campo e Felipe Azevedo infernizou a defesa do Sport. Se movimentou muito, flutuando em todos os setores do ataque, Azevedo finalizou muito e deu trabalho ao goleiro rubro-negro.
Enquanto isso, o Sport mostra não ser um time compactado. Samir, lento, pouco criou. Na verdade, uma peça nula. Guilherme, mais habilidoso e participativo, não conseguiu construir boas jogadas. Sander, preso na marcação, quase não foi ao ataque. Ezequiel segue numa fase ruim. Por esses aspectos, o time rubro-negro quase não existiu. Para se ter uma ideia, o único chute no primeiro tempo já nos finais, quando Guilherme chutou dentro da área e Pedrão tirou de cabeça, quando a bola tinha enderenço certo.
No segundo tempo, o Sport adiantou a marcação. E o América não encontrou mais a facilidade de antes. Mas isso não significou uma melhora ofensiva do Leão. O time passou a ter mais posse de bola, mas não deu trabalho à defensiva adversário porque errava muitos passes. Quase não chutou. Aos 25 minutos, o América abriu o placar: Ademir bateu rasteiro e cruzado, no canto.
Não restou ao técnico Guto Ferreira outra alternativa a não ser fazer as mudanças na equipe. Leandrinho entrou no lugar de João Igor, e Elton na vaga de Hernanes. Antes, Hyuri já estava em campo para fazer sua estreia, sendo acionado na vaga de Samir. O time só ganhou mais fôlego, mas volume de jogo… nada. Até que, aos 43, Pedrão fez falta dentro da área em Elton. Pênalti. Se alguém tinha alguma dúvida, bastava ver a reação do zagueiro do time alviverde. Ficou desolado, assumiu a culpa. Guilherme bateu e empatou. No lance seguinte, aos 48, Leandrinho lançou Hyuri, que tocou na saída do goleiro e sacramentou a vitória.
Se algum torcedor rubro-negro desligou a televisão depois do gol do América-MG, deve ter tomado um susto ao ver o placar final. Também pudera… O futebol do Sport não agradou até os minutos finais da partida. O triunfo foi um prêmio à persistência dos jogadores, que contaram com o baque psicológico da defesa do América, que sentiu o gol do primeiro gol. Mas futebol é isso. Usando um clichê… o jogo só termina, quando o árbitro apina o seu final.