Milton Mendes tem estrela. Pelo menos nesses jogos iniciais do seu novo ciclo no Santa Cruz, ela tá brilhando forte. Na estreia, contou com um vacilo do goleiro do ABC-RN, em casa, para arrancar uma vitória suada por 2×1. Contra o Imperatriz-MA, na tarde do sábado (01/06), o time coral voltou a contar com a sorte e arrancou três pontos fora de casa. O 1×0 foi magro, mas importante demais deixar o Tricolor no G-4.
O que não para explicar nesse time do Santa Cruz é a irregularidade dentro da mesma partida. O treinador montou uma equipe para abafar o Imperatriz desde o início do confronto. E o que se viu foi o Tricolor abafando os donos da casa. A formação do meio de campo coral dava ao time solidez defensiva, tendo Charles à frente dos zagueiros, Alan Dias mais adiantado, como segundo homem, e Dudu livre para encostar no trio Misael, Everton e Pipico. Coube a Dudu acertar um balaço e mandar a bola no ângulo, abrindo o placar.
No segundo tempo, a história foi outra. Claro que jogando em casa e em desvantagem, o Imperatriz iria para cima. O que não dá para entender é a postura do Santa Cruz em aceitar essa evolução do adversário e optar por jogar pelo resultado momentâneo. Parece até covardia. O Tricolor não estava encarando um adversário superior tecnicamente. Pelo contrário, vejo o Santa Cruz melhor. Mas foi uma tal de retranca que o goleiro Anderson teve que se desdobrar para evitar o pior.
Mas o arqueiro coral de herói quase se transformou em vilão. Ele saiu atrasado do gol e acabou atingindo o atacante Matheus Silva dentro da área. Um lance desnecessário, já que o atleta do Imperatriz estava correndo na diagonal, já saindo da zona de perigo. Anderson errou no bote e o árbitro marcou pênalti. Adauto foi para bola e ao invés de deixar fluir a categoria de quem bate uma penalidade, bateu um verdadeiro tiro de meta. O placar ficou mesmo 1×0 para o Santa Cruz.