Foto: Bela Azoubel/@amoracamisape
O Sport chegou no final do primeiro turno da Série B no G-4. Com 31 pontos, na quarta colocação. O torcedor rubro-negro está satisfeito? Acredito que não. E há um motivo obvio. Está lá nas estatísticas da competição. Em 19 partidas, o Sport teve 10 empates. Foi o time que mais empatou. E desses empates, seis foram na Ilha do Retiro. Muito ponto perdido dentro de casa. Os rubro-negros precisam reavaliar o lado emocional do grupo. Jogar diante da torcida parece abalar o elenco.
Pois bem, isso ficou evidente nesta noite de terça-feira contra o Atlético-GO. Começou a partida e logo aos sete minutos a lei do “ex” entrou em ação. Mike, de cabeça, abriu o placar para o time adversário. Começou o desespero do Leão. E esse desespero resultou na superioridade dos goianos. Foi agonia. O Atlético-GO criou chances em cima de chances, enquanto o Sport sequer conseguia sair para o jogo.
A torcida foi segurando, segurando… até que perdeu a paciência e começaram as vaias. O alvo principal: o garoto Juninho. Sempre o achei como um bom reserva, daqueles que pode ser sempre acionado no decorrer do jogo. Geralmente, muda uma circunstância, dá velocidade. Mas como titular, parece acomodado, lento. E diante de um jogo nervoso, foi erro em cima de erro. Foi substituído para a entrada de Leandrinho. O Sport escapou uma derrota acachapante na primeira etapa.
Na segunda etapa, a história foi outra. o time pernambucano apresentou um futebol mais consistente. Ajustou melhor a marcação e passou a ter mais mais a posse de bola. E foi criando chances. Rafael Tyere chegou acertar a trave. A postura foi outra. Mas só mesmo aos 37 minutos o Sport conseguiu o empate, numa finalização cirúrgica o atacante Guilherme. Teve tempo para empatar. Fez o goleiro atleticano trabalhar. Mas não virou o placar.
O torcedor aplaudiu o time no final pela luta nos minutos finais. O time, de fato, reagiu, buscou o ataque, fez um gol e teve fome para virar. Mas não dá para aceitar o primeiro tempo que a equipe apresentou. Foi inexplicável. O Sport precisa ser mais regular na mesma partida. E mais: tem que ser matador em casa. Não esperar o adversário. É se organizar e jogar no embalo da torcida. O adversário é que tem que temer, mas não o contrário.