Foto: Anderson Stevens/Assessoria do Sport
Sinceramente… Antes de a bola rolar, eu achava o Sport era o favorito para o duelo contra o Náutico. Mas tava um cheirinho de empate danado. E o resultado final no Clássico dos Clássicos, na noite deste domingo, foi 1×1. Para as pretensões na Série B, o resultado foi ruim para ambos. O Leão passou a somar 20 pontos, mas fica fora no G-4. O Timbu tem 13 pontos, saiu da zona do rebaixamento, mas dependente do resultado do CSA contra o Guarani para permanecer fora dela.
Explico o “cheirinho” porque previa o favoritismo do Sport apenas pela sua melhor colocação na tabela da Série B e pela sequência de três boas atuações recentes, enquanto o Náutico não agrada. E o favoritismo do Leão imaginei como combustível para o Timbu, além da tradicional rivalidade. O Náutico teve esse estímulo e, enquanto o Sport assumiu a postura retraída, esperando o Timbu.
E o foi assim que o Náutico agiu. Com Kieza reaparecendo no time como referência, o Timbu foi para o ataque, trabalhando bem a bola no meio de campo. Enquanto o Sport não conseguia sair para o jogo. Mas a superioridade do Timbu se limitava ao toque de bola, variação de jogada pelas laterais. No entanto, não teve penetração na defesa adversária, não ofereceu perigo real para o goleiro Maílson.
Como o Náutico não conseguia penetração na área do Leão, foi o Sport quem foi mais letal na primeira investida no ataque. Juba cobrou falta, Thyere, de cabeça, mandou na trave, e, no rebote, Kayke mandou para as redes. A vantagem expôs mais o Náutico, que foi atrás do empate e deixou o sistema defensivo fragilizado. E o Sport teve dois contra-ataques que não foram aproveitados.
No segundo tempo, com a vantagem no placar, o Sport adotou aquela velha tática que gastar o tempo com posse de bola. Pense num jogo feio, chato. Mas, aos poucos, o Náutico passou a ganhar o meio de campo. Mas, novamente, sem penetração na área. Jean Carlos tentou três finalizações de fora da área. E nada. Quem acertou foi Richard Franco, que mandou no canto direito de Maílson.
O relógio marcava 29 minutos. E partir dali, a partida melhorou. Isso porque o Sport viu a vitória escapar pelos dedos e teria que buscar o ataque. Enquanto o Náutico se animou com o gol. A partida ficou aberta. O Sport teve chances com Tiago Lopes. O goleiro Lucas Perri fez milagre numa investida do atacante do Leão. Já o Náutico seguiu sem conseguir entrar na área rubro-negra, mas em chutes de fora da área, ofereceu perigo.
Empate justo.
Para finalizar, parabenizar as torcidas pela festa bonita e pacífica dentro do estádio. E também a diretoria do Sport que, no uniforme do time, prestou homenagem ao pernambucano Bruno Pereira, que foi assassinado, ao lado do jornalista inglês, Dom Philips, na Amazônia. Bruno era rubro-negro fanático. Daqueles que ligava para os amigos, para saber quanto foi o resultado do Leão.