O discurso do técnico do Náutico, Dado Cavalcanti, antes da partida contra o Vasco, era perfeito: marcar o adversário e sair para o jogo. Enchia ainda mais o torcedor alvirrubro de otimismo depois de ver o time vencer duas partidas consecutivas, algo raro na competição. Faltou combinar isso com o time carioca. Como também faltaram qualidade e equilíbrio emocional para que o Timbu colocasse a proposta em prática.
O Náutico vinha bem até os 30 minutos de partida, quando Maurício cometeu um pênalti desnecessário, que Raniel converteu e abriu o placar. Depois disso o que se viu foi um baile do Vasco que terminou com um placar elástico de 4×1. O placar elástico abate qualquer equipe, especialmente nas circunstâncias em que o time se encontra, no desespero para fugir do rebaixamento da Série C. Uma situação em que o responsável por tudo isso é o próprio Timbu.
Ouvi do próprio Dado Cavalcanti a declaração que os jogadores do Náutico não têm que ficar assistindo os jogos dos adversários, preocupados com os resultados das outras partidas… E ele está coberto de razão. O foco é vencer seus próprios jogos. Mas além da falta de qualidade, pesa no Náutico a questão psicológica. O Timbu, no momento, é lanterna com 27 pontos, tem cinco a menos do que CSA, Guarani e Chapecoense, todos empatados com 32, e fora da zona de rebaixamento.
Para o Náutico, todos os jogos têm peso de decisão. Na próxima sexta-feira, encara o Sampaio Corrêa, em casa. Depois, tem o Sport na Ilha do Retiro, num jogo em que o Leão luta por vaga no G-4 e pode afundar ainda mais o rival na crise.
Foto: Assessoria do Vasco da Gama