Depois da goleada sofrida para o Vasco na última rodada, o Náutico acreditava na força do estádio dos Aflitos para vencer o Sampaio Corrêa e seguir sonhando em se manter na Série B. Sim, essa é a realidade do Timbu: sonhar para ficar na Segundona. A torcida acreditava nisso também. Tanto que foi em bom número. Mais de 15 mil alvirrubros empurraram o time. Viram o Timbu abrir o placar, com Júlio, aos cinco minutos de jogo. E depois disso… o Time desandou. O Sampaio virou para 3×1 e fez a festa.
Fazer 1×0 no começo de uma partida contra um adversário que está no meio da tabela era tudo que o técnico Dado Cavalcanti queria para dar confiança e consistência ao Náutico. Mas o que se viu é que o time maranhense não se abateu com o gol sofrido. A partida foi equilibrada. Lá e cá. Ainda no primeiro tempo, o Sampaio empatou com o artilheiro Gabriel Poveda.
Na segunda etapa, a partida ganhou velocidade, com as duas equipes buscando o ataque com toques rápidos, isso quando a defesa não saia na base do bombão para o ataque. O Sampaio foi bem mais organizado, perigoso e eficiente. Até demorou a encontrar o caminho das redes. Rafael Costa e Nadson fizeram os gols da vitória nos minutos finais da partida.
O Náutico não está na lanterna da Série B à toa, por obra do acaso. Em 31 jogos, foram apenas sete vitórias. E sejamos sinceros, qual partida o Náutico jogo um bom futebol, que realmente encheu o torcedor de confiança de que uma hora os bons ventos chegariam? Uma equipe que tem a pior defesa da competição. São 47 gols sofridos. O aproveitamento do Náutico na Série B é de 29% e, para escapar da Terceirona, vai ter que fazer uma campanha de campeão nos jogos finais.
Dado Cavalcanti é treinador, não é mágico. A diretoria do Náutico errou mais do que devia na montagem do elenco, na contratação dos treinadores, no isolamento político, no ambiente gerado no clube. Está pagando caro, muito caro.