A pressão pela vitória é uma faca de dois gumes para o Náutico na Série B. Segurando a lanterna na reta final da competição, só os três pontos interessam. Isso força uma postura ofensiva. Mas ao mesmo tempo expõe o sistema ofensivo de um time que já cometeu muitas falhas. É o preço que se paga por ter uma campanha tão ruim. Foi na base dos altos e baixos, no susto, no drama, que o Timbu superou o Tombense, por 4×3, nos Aflitos. O resultado não tira o time da situação incômoda da Segundona. Mas pelo menos mantém os jogadores com a cabeça erguida.
O sofrimento foi logo no começo da partida. Nos minutos iniciais, o Tombense foi melhor. Foi para cima, criou chances e, aos 10 minutos, abriu o placar, com gol de cabeça de Kleiton. Era para matar o Timbu. Mas não foi isso o que aconteceu. O time alvirrubro surpreendeu sendo aguerrido e mostrando confiança para virar o placar. E conseguiu de forma inquestionável. Wellington, Victor Ferraz e Everton Brito balançaram as redes.
Os gols foram marcados com boa movimentação da equipe no setor ofensivo. O Náutico passou a jogar fácil, enquanto o Tombense parecia atônito diante de uma reação veloz do Timbu. O primeiro tempo terminou com a vantagem por 3×1 para o time alvirrubro. .Mas, no segundo tempo, a história foi outra. O Náutico acomodou-se. Diminuiu o ritmo e o Tombense aproveitou. Igor Henrique diminuiu e, e Jean Lucas, cobrando pênalti, empatou o placar.
O 3×3 deixou o time alvirrubro nervoso. E a suspeita de que a situação desandaria ganhou a atmosfera dos Aflitos. Mas o Náutico tinha Jean Carlos fazendo uma boa partida e foi dele o gol da vitória. Duelo eletrizante, lá e cá, emocionante, repleto de gols, com o Timbu mostrando poder de reação, cabeça erguida. Pena que a situação segue complicada, muito complicada na Série B.
Foto: Assessoria de imprensa do Náutico