A pífia campanha na Série B e a humilhante goleada para o Novorizontino, por 6×0 praticamente decreta o rebaixamento do Náutico à Série C do Campeonato Brasileiro. Pode não ser matematicamente ainda. Mas moralmente, sim. Tanto que a situação forçou o presidente do clube, Diógenes Braga convocar a imprensa para conceder uma entrevista coletiva. Não, não renunciou. E nem acharia o correto. Tem que tocar o barco até o final. No entanto, seria preciso tomar alguma atitude visando uma aproximação com algumas outras lideranças do Náutico. Mas, como diria a música de Léo Jaime: nada mudou!
Diógenes Braga anunciou que os integrantes da diretoria de futebol entregaram os seus cargos e, de imediato, a saída deles foi aceita. Não fazem parte do clube: José Barbosa, que recentemente assumiu o cargo de vice de futebol, Eduardo Belo, Roberto Selva e Gilberto Correia. Com todo respeito a eles, mas gostaria muito de saber qual o poder de decisão deles durante a gestão Diógenes Braga. Não ouvi uma só declaração deles em algum veículo de comunicação a respeito dos planos para o Timbu na temporada.
Na coletiva dessa tarde, Braga esteve acompanhado por Luiz Gayão, vice-jurídico, e Wesley Carvalho, vice-administrativo. O mandatário alvirrubro já está planejando a temporada 2023. É evidente uma transformação do elenco será feita. A maioria dos jogadores estão se encerrando contrato. Nesse caso, será mais fácil resolver a situação. E aqueles que tem contrato mais longo e que não interessa? Vai ser novela para resolver.
Espero que a péssima campanha do Náutico tenha servido para uma coisa: aprendizado. Porém, tudo passa por uma visão mais ampla de gerir o clube, abrindo os braços para os querem trabalhar, garantindo poder de decisão , questionamento, debate e escolha para todos. Não se trata de discórdia. Mas sim de democracia. Não se trata de brigas e acusações. Mas de debate, reflexões. Quanto mais ideias, mais possibilidades de crescimento.
Foto: Assessoria do Náutico