Dono de uma campanha vergonhosa, ficando na lanterna em 11 rodadas, o Náutico teve seu rebaixamento à Série C confirmado antes mesmo de entrar em campo para enfrentar o Grêmio, pela 36ª rodada da Segundona. Tudo porque, nesta noite, a Chapecoense venceu a Tombense, por 3×2, chegando aos 42 pontos. O Timbu, no máximo, chega aos 39.
A queda lastimável do Náutico à Terceira Divisão do futebol brasileiro foi plantada e regada pelo próprio clube. Não esqueci e acredito que a torcida não esqueceu como foi a eleição nos Aflitos. Só briga. Farpas e ataques para todos os lados. O resultado disso foi um isolamento politico.
O presidente Diógenes Braga montou uma diretoria de futebol que não tinha poder de decisão algum. Portanto, se ele carregou o mérito de ter conquistado o bicampeonato pernambucano, amarga a dor de um rebaixamento do cenário nacional. O segundo semestre tem um estrago ainda maior para o clube. Principalmente porque, como já falei, o Náutico tem um cenário político devastado, o que para um reerguimento é complicado.
As confusões nos bastidores resultaram numa montagem de elenco completamente equivocada. Lembro que, no ano passado, mesmo o time começando bem a Série B, a defesa sofreu, ao final da competição, 50 gols. Número alarmante. A defesa precisava ser qualificada. Mas a conquista do Estadual cegou tudo. E o sistema defensivo teve um desempenho ainda pior. Em 36 jogos, foram 60 gols sofridos. Uma vergonha.
E lá vai o Náutico voltar para uma divisão que lutou tanto para sair. Que, há três anos, chegou a conquistar o título nacional. Foi um momento de alívio, de força, de esperança que o Timbu viveria dias melhores. Mas é a velha gangorra que atinge o futebol do Estado…. Até quando?
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