O Sport não caiu na tabela de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro à toa. O time não tem inspiração ofensiva. E, agora, após a saída definitiva do goleiro Maílson, que foi negociado, e a ausência momentânea do Rafael Tyhere, a defesa mostra desequilíbrio e vem sofrendo gols. Por mais que a torcida se faça presente, o time não consegue empolgar, pois não mostra um mínimo de conexão entre os setores de defesa, meio de campo e ataque. Foi o que se viu na partida contra o Criciúma, em que o Sport arrancou o empate em 1×1, na base da raça e no empurrão da torcida.
Quando se vê a escalação do Sport, imagina-se um time ofensivo, ditando o ritmo de jogo e criando boas chances de gol. Claudinei Oliveira. Escalou Fabinho e Wiliam Oliveira, que dariam sustentabilidade de marcação no meio de campo, dando liberdade para o meia Denner encostar no trio de ataque formado por Juba, Thiago Lopes e Kayke. Porém, só Fabinho jogou bem. Denner ficou perdido no meio. A bola não chegava na frente. E quando chegava, Thiago Lopes tropeçava nas próprias pernas.
O Sport não mostrava compactação. Os setores pareciam ilhas isoladas e era o tal de cada um por si. Assim, o Criciúma teve facilidade para destruir as tentativas de ataque do Leão, que praticamente só chegou com perigo num belo chute de Juba em que a bola beijou a trave e saiu. Um futebol pobre, desorganizado e que deu espaço para o Criciúma acreditar que, mesmo também mostrando um futebol ruim, pudesse vencer. E assim, aproveitando falha da defesa e do goleiro Carlos Eduardo, Lohan abriu o placar.
Para o segundo tempo, Claudinei Oliveira fez três mudanças. Entre elas a tão aguardada estreia de Vágner Love. A ideia era lançá-lo na reta final da partida, mas o desempenho ofensivo foi tão ruim, que o planejamento foi antecipado. E aí ficou escancarada a falta de qualidade na criação de jogada ofensiva. Por mais que Love se movimentasse, saísse da área para buscar o jogo, o Sport não conseguia chegar na frente.
Everton Felipe, que também entrou em campo no intervalo, não acertava um passe. O outro acionado foi Pedro Naressi, no lugar de William Oliveira, que ficou mais preso na marcação, dando até liberdade para Fabinho se arriscar no setor ofensivo. Mesmo com tantas peças, o time não conseguia chegar à frente. Tanto que a primeira finalização em direção ao gol só aconteceu aos 40 minutos. Isso mesmo. E foi certeiro: Juba cruzou e Love marcou.
Empate foi pouco para as pretensões do Sport. Também pouco diante da presença da torcida. Mas de bom tamanho para o futebol que o Leão apresentou.