Foto: Leo Lemos/Assessoria de imprensa do Náutico
O Náutico está na final da Série C do Campeonato Brasileiro. Após 31 anos, o time alvirrubro vai à decisão nacional. Se o acesso garantido após a vitória sobre o Paysandu, nos pênaltis, já era o grande prêmio, a possibilidade de decidir o título mostra que o Timbu que a cereja no bolo. Pelo crescimento, pela determinação, pelo sentido de grupo (incluindo jogadores, comissão técnica, diretoria e torcida), o Timbu está merecendo.
A vaga para a decisão da Série C aconteceu diante do Juventude e de forma sofrida, para não perder o costume. No primeiro tempo, avassalador. O Timbu sabia que a missão de fazer vantagem de dois gols para garantir a classificação exigiria uma ritmo diferente, imposição do início ao fim. E foi o que o time do técnico Gilmar Dal Pozzo. Todos os setores estiveram bem e o time gaúcho quase não viu a cor da bola.
O Náutico abriu o placar com Álvaro, de cabeça, após cruzamento de Hereda. Logo em seguida, Diego cometeu um pênalti bobo e a arbitragem confirmou. Eltinho bateu mal e perdeu. O lance serviu apenas para o Náutico ficar atento. E manteve o ritmo. Tanto que, logo depois, fez o segundo. Álvaro novamente. E mais uma vez de cabeça.
No segundo tempo, o panorama foi outro. Gilmar Dal Pozzo foi obrigado a retirar Jean Carlos. Maylson, que há tempos não entrava em campo, foi acionado. E o que se viu foi um Náutico acuado, enquanto o Juventude ditou o ritmo da partida e martelou em busca do gol. Até que conseguiu através de Genilson.
A partida ficou perigosa porque o Náutico não se encontrou na partida. E o time gaúcho só precisava de mais um gol para garantir a classificação sem precisar de cobrança de pênaltis. Pelo Náutico, Álvaro, autor dos dois gols no tempo normal, perdeu uma cobrança. Mas o Juventude perdeu com Dener e Alberto. Mateus Carvalho (sim, ele mesmo, o que passou o início da temporada esquecido) bateu o último pênalti e fez a festa alvirrubra.
O Náutico encara o Sampaio Correia na decisão. O primeiro jogo será nos Aflitos. Pelo ritmo do time, acho uma boa fazer o primeiro duelo em casa. É jogar para vencer como vem fazendo. Abrindo boa vantagem, joga pressão para o adversário, que já entra em campo com a obrigação de reverter uma situação. E como vem fazendo, o Náutico aprendeu jogar fora de casa.
Timbu tá forte para a decisão!