Depois da derrota para o Avaí, na estréia da Série B, o Náutico teve a oportunidade na segunda rodada jogar em seus domínios, diante do Operário/PR. Jogar nos Aflitos, no imaginário de quem acompanha o futebol, seria um trunfo. Mas não está sendo. O empate contra o time paranaense, em 0x0. O estádio vazio deixa os Aflitos num local neutro. Mas pelo futebol que o time vem mostrando foi até melhor não ter torcedor. Por certamente, o time deixaria os Aflitos sob vaia.
O que faz do Náutico uma equipe sem aquela brilho de time vencedor mesmo tendo uma base que sagrou-se campeã da Série C de 2019? É elementar: falta qualidade. E falta um padrão de jogo. Contra o time paranaense ficou mais uma vez evidente. O Náutico se limita a bombões para o setor ofensivo e bolas alçadas na área. No primeiro tempo, houve até boa movimentação. Mas bastou o Operário ajustar a marcação e valorizar a posse de bola para o Náutico perder o prumo. Na segunda etapa, o Operário foi melhor. E o 0x0 acabou sendo um bom resultado.
O técnico Gilmar Dal Pozzo fez mudanças na equipe na tentativa mudar algo na equipe. Mas não só peças que se mexe. Tem que ver a mentalidade desse trabalho. No ano passado, o Timbu conseguiu passar de fase na base da raça e da torcida. Tecnicamente deixou muito a desejar. No entanto, isso não foi levado em conta na montagem do elenco para atual temporada. A base foi mantida e o time não empolga. Entre as Séries B e C existe um hiato. É preciso levar em conta.
O empate na noite da terça-feira aperta o ambiente para Gilmar dal Pozzo. Por mais que tenha respaldo da diretoria, boa relação com o elenco, o treinador precisa fazer o time jogar. E isso não vem acontecendo. Se não jogasse bem e os resultados acontecendo, ainda seria um balão de oxigênio. Mas nem isso. Na temporada, foram duas vitórias, duas derrotas e sete empates. Tenebroso.